O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou durante depoimento à Polícia Federal que o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, teria condicionado a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor geral do órgão à própria indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal).

O presidente foi ouvido na noite desta quarta-feira (3) em Brasília, no inquérito que apura sua suposta interferência política no órgão para tentar blindar familiares. O depoimento foi dado após determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo.

Segundo o depoimento, ao qual sites nacionais tiveram acesso, Bolsonaro disse que “ao indicar o DPF Ramagem ao ex-ministro Sergio Moro, este teria concordado com o presidente, desde que ocorresse após a indicação do ex-ministro da Justiça à vaga no STF”.

A investigação para apurar a suposta interferência de Bolsonaro teve início após Moro apontar que o chefe do Executivo o pressionava para substituir o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, por um aliado, além de exigir acesso a relatórios sigilosos da corporação.

O presidente negou a investigadores da PF qualquer ingerência na corporação, mas confirmou que solicitou ao então ministro a substituição de Valeixo “em razão da falta de interlocução que havia entre o presidente e o diretor da PF”.

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