A economia da China contraiu-se pela primeira vez no primeiro trimestre desde 1976. O Produto Interno Bruto (PIB) do gigante asiático caiu 6,8% no período, confirmando os efeitos causados pela pandemia do novo coronavírus que parou o país no início de 2020.

No último trimestre de 2019, o crescimento foi de 6% em relação ao ano anterior.

O desempenho do PIB da China desperta interesse devido ao peso do país na economia global. Em termos anuais, a China não sofre contração no PIB desde 1976, ou seja, há 44 anos.

Com o vírus se espalhando pelo mundo, a China “enfrenta novas dificuldades e desafios para reiniciar a atividade e a produção”, disse um porta-voz do Escritório Nacional de Estatística, Mao Shengyong.

Em um esforço para conter a propagação do vírus, que causou oficialmente mais de 3.300 mortes no país, a China adotou medidas de contenção sem precedentes no final de janeiro que paralisaram suas atividades.

As vendas no varejo caíram novamente em março, para 15,8% no comparativo anual. A produção industrial, no entanto, caiu apenas 1,1%. Nos dois meses anteriores – a única estatística disponível -, as vendas no varejo caíram 20,5% e a produção industrial, 13,5%.

Apesar da melhoria das condições sanitárias nas últimas semanas, centenas de milhões de chineses continuam limitando seus movimentos por medo de contrair o novo coronavírus.

Entre abril e junho, a China deve retornar ao crescimento após registrar sua “desaceleração mais grave desde a revolução cultural” no primeiro trimestre, que terminou em 1976, considera o analista Julian Evans-Pritchard, do gabinete da Capital Economics, informa a agência internacional de notícias France Presse (AFP).

Isso não significa que seus problemas terminarão. As dificuldades ainda vão aumentar, observa Evans-Pritchard: aumento do desemprego, demanda doméstica fraca e condições econômicas difíceis no exterior, o que levará a uma queda nas exportações, acrescenta a AFP.

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