O chefe humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU), Tom Fletcher, fez um grave alerta nesta terça-feira (20), informando que 14 mil bebês estão em risco iminente de morte na Faixa de Gaza, caso não recebam água e alimentos com urgência. O comunicado foi divulgado nas redes sociais e destaca a gravidade da crise humanitária enfrentada no território palestino, exacerbada pelo prolongado conflito com Israel.

Fletcher ressaltou que os primeiros cinco caminhões com alimentos infantis já conseguiram entrar na região, mas enfatizou a necessidade de ampliar rapidamente a distribuição para atender à demanda crítica. “Precisamos distribuir esses alimentos com urgência, e precisamos de muito mais para fazer a diferença”, escreveu o representante da ONU na plataforma X (antigo Twitter).

Este alerta surge após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciar uma suspensão parcial do bloqueio imposto à Faixa de Gaza desde 2 de março. A medida foi tomada sob intensa pressão internacional, especialmente de líderes e organizações preocupados com a crescente fome e desnutrição entre civis, principalmente entre crianças e bebês.

Durante uma coletiva de imprensa em Genebra, o porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke, confirmou que Israel autorizou o envio de cerca de 100 caminhões de ajuda humanitária ao enclave palestino. Esses veículos estão transportando alimentos para bebês e produtos nutricionais infantis.

A crise humanitária em Gaza se intensificou nas últimas semanas, com relatos alarmantes sobre a escassez extrema de alimentos, água potável e medicamentos. Hospitais operam com capacidade mínima e milhares de famílias estão vivendo em condições precárias, sem acesso a serviços básicos.

A comunidade internacional continua a acompanhar a situação com preocupação, clamando por ações imediatas para mitigar o sofrimento da população civil em Gaza.