TJ-BA Deferiu Mandado de Segurança e Concede Gratuidade Judiciária a Vítimas de Assédio Sexual Redação 22 de outubro de 2024 Destaque, Julstiça, Notícias, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) deferiu o pedido de mandado de segurança das vítimas de suposto assédio sexual cometido pelo ex-delegado da 28ª Delegacia Territorial do Nordeste de Amaralina, Antônio Carlos Magalhães Santos. A decisão, proferida pela desembargadora Regina Helena Santos e Silva, foi publicada nesta terça-feira (22) e também concedeu o benefício da gratuidade judiciária para as vítimas que solicitaram.Com a autorização do TJ-BA, as policiais civis poderão ser remanejadas para outras delegacias até o término do julgamento contra o ex-delegado. Algumas vítimas manifestaram interesse em se transferir para municípios como Santo Antônio de Jesus, Cruz das Almas, Paulo Afonso e Camaçari.A desembargadora destacou que o ambiente profissional na 28ª Delegacia Territorial não oferece condições adequadas para as servidoras, aumentando os riscos à sua saúde física e mental. Ela mencionou os sintomas de ansiedade e distúrbios do sono que as vítimas vêm enfrentando, ressaltando a necessidade urgente de mudança de local de trabalho.Em relação à gratuidade judiciária, a magistrada concedeu o benefício após as vítimas apresentarem comprovantes de que não possuíam condições financeiras para arcar com os custos do processo.O CasoAntônio Carlos Magalhães Santos foi exonerado após receber denúncias de assédio sexual. Quatro investigadoras relataram comportamentos inadequados por parte do delegado, incluindo piadas inapropriadas, toques indesejados e convites para passeios em lancha.Magalhães estava à frente da 28ª Delegacia de Polícia Territorial/Nordeste até ser afastado em 28 de setembro, conforme publicado no Diário Oficial do Estado. Ele está atualmente em licença-prêmio até 22 de dezembro deste ano.O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) se manifestou sobre o caso, afirmando que as investigações estão em andamento.Esta não é a primeira acusação contra Magalhães. Há 17 anos, ele foi réu em um processo de estupro envolvendo uma adolescente. Na ocasião, foi apurado que ele manteve a jovem em cárcere privado e teve relações sexuais com ela após não encaminhar o caso para os órgãos competentes.A situação atual levanta questões sérias sobre condutas no ambiente policial e a proteção das vítimas dentro das instituições.