O ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou, em uma rede social, neste domingo (26), que tem visto uma campanha de mensagens falsas com o objetivo de desqualificá-lo. O ex-juiz disse não se preocupar com o movimento e declarou que já passou por isso “durante e depois da Lava Jato”.

Moro pediu demissão do Ministério da Justiça na última sexta-feira (24), depois de um ano e quatro meses à frente da pasta. Na ocasião, o ex-juiz afirmou que o presidente Jair Bolsonaro tentava interferir politicamente no comando da Polícia Federal, órgão ligado ao Ministério da Justiça.

“Tenho visto uma campanha de fake news nas redes sociais e em grupos de WhatsApp para me desqualificar. Não me preocupo; já passei por isso durante e depois da Lava Jato”, afirmou moro neste domingo em uma rede social.

Na sequência, em uma referência ao slogan de campanha de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, Moro escreveu: “Verdade acima de tudo. Fazer a coisa certa acima de todos”. O presidente com frequência afirma: “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”.

Na última sexta-feira, Moro exibiu à TV Globo reprodução de conversa que teve com Bolsonaro, na qual o presidente sugere troca no comando da PF em razão de investigações que envolvem aliados do chefe do Executivo.

Já o presidente da República foi a uma rede social neste domingo para dizer que Sergio Moro mentiu sobre interferência na Polícia Federal. Bolsonaro disse não ter trocado nenhum superintendente da PF.

“Lamentavelmente o ex-ministro mentiu sobre interferência na PF. Nenhum superintendente foi trocado por mim. Todos foram indicados pelo próprio ministro ou diretor-geral. Para mim os bons Policiais estão em todo o Brasil e não apenas em Curitiba, onde trabalhava o então juiz”, disse Bolsonaro.

Não foi a primeira vez que Moro e Bolsonaro utilizaram redes sociais para trocar recados após o ex-juiz deixar o Ministério da Justiça.

Neste sábado (25), Bolsonaro afirmou que apoiou Moro no episódio do vazamento de supostas mensagens de Moro pelo site The Intercept. Na postagem, o presidente não contestou a reprodução de conversa exibida por Moro, na qual Bolsonaro sugere troca no comando da PF.

Pouco tempo depois, Moro respondeu, também por meio de rede social. Ele disse ter apoiado o presidente quando Bolsonaro foi “injustamente” atacado. O ex-ministro afirmou ainda que preservar a Polícia Federal de interferência política é “uma questão institucional, de Estado de Direito, e não de relacionamento pessoal”.

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