O governador de São Paulo Geraldo Alckmin na caminhada pela retomada do protagonismo do PSDB vem provocando rachas nas fileiras tucanas e de seus aliados. Alckmin, que é pré-candidato à presidência da República, indicou que pode apoiar Márcio França, PSB, seu vice, para a sucessão do Palácio dos Bandeirantes.

A sinalização desagradou o presidente Michel Temer (MDB). Temer contou com o apoio financeiro e político quando do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff da Federação das Industrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A entidade é comandada por Paulo Skaf que além de ser correligionário de Temer, sonha em governar o estado paulista.

A pessoas próximas Temer teria dito que esta não é a atitude de quem deseja contar com o apoio do Planalto na eleição de outubro, conforme publicou a Coluna do Estadão.

Skaf já está com o nome na rua. Pesado, o presidente da Fiesp tem enfrentado dificuldade para decolar nas pesquisas. O plano B de Temer é o prefeito da capital paulista João Doria júnior. Outsider da política, o marqueteiro empresarial foi alçado ao posto eletivo por Alckmin que não gostou de vê-lo simpatizando com a possibilidade de disputar o planalto.

A miscelânea é grande. Doria seria o indicado para disputar a sucessão de Alckmin pelo PSDB. No entanto, durante o percurso cantaram que ele poderia pular um degrau e disputar direto a presidência da República. Alckmin não gostou e iniciou nos bastidores um processo de retaliação. Doria então recuou e espera o “criador político” indica-lo para disputar o governo de São Paulo.

O período ainda é de testes, mas os tucanos não estão se entendendo no principal reduto eleitoral do partido. Desde que o senador Aécio Neves foi afastado do comando da legenda, enlameado em denúncias de corrupção, os tucanos de São Paulo voltaram a conduzir o partido.

Resta saber como serão construídas ou destruídas as pontes do partido. Fernando Henrique Cardosos por enquanto conversa, se manifesta publicamente, mas tem pouca resolutividade.

DEIXE UMA MENSAGEM