A PF fez o resgate de 56 pessoas em situação semelhante à escravidão em duas lavouras de arroz no interior do RS. As jornadas de trabalho começavam às 7h e terminavam às 17h, com intervalo entre 11h e 13h.

No entanto, para ir até às lavouras, era necessário pegar um ônibus, então, os dias iniciavam às 4h30. Até chegarem em casa de volta, eram 19h30. Eles não tinham fornecimento de água e nem sempre havia lugar para dormir. entre os resgatados, havia dez adolescentes com idades entre 14 e 17 anos.

Além disso, os trabalhadores também percorriam 50 minutos no sol até chegar ao local de trabalho. A comida e as ferramentas de trabalho ficavam por conta dos empregados. Caso algum deles adoecesse, teria Renumeração descontada. Segundo relatos, um dos adolescentes sofreu um acidente com um facão e ficou sem movimentos de dois dedos do pé. Entre as condições precárias do trabalho, os mesmos não tinham direito à água e era necessário a divisão de comida.

”Nós próprios nos assustamos com a degradação do trabalho. Não é só um trabalho braçal ao sol, é esse trabalho sem fornecimento de água, sem local para guardar alimento e fazer a refeição. A comida deles azedava e eles tinham que repartir o que não azedava entre eles. Sem local de descanso, então muitas vezes tinham que dormir embaixo do ônibus, que era onde tinha sombra”

O responsável pela contratação da mão de obra foi preso em flagrante. Ele será encaminhado ao sistema penitenciário.

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