Os acordos de leniência tratados pelas empreiteiras envolvidas na Lava Jato estão sendo renegociados pela justificativa de crises financeiras das empresas envolvidas. Pela estratégia de acordo, as empresas concordaram em pagar valores bilionários ao Estado pelos escândalos de desvios revelados pelas operações.

No entanto, a situação atual é de busca por renegociações de valores que foram acordados anteriormente ou condições determinadas para os débitos financeiros. Diante do cenário, empresas como a antiga Odebrecht, hoje batizada de Novonor, a Andrade Gutierrez, a Camargo Corra e a UTC tentam acertos de dívidas que alcançam R$ 8 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão foi quitado até o momento. Os dados foram levantados pelo jornal Estadão.

Entre as justificativas das empreiteiras para a nova estratégia, está a crise financeira que a situação de pandemia e maiores restrições comerciais causaram para os negócios. O Ministério Público Federal (MPF) confirmou que as empreiteiras estão em processo de renegociação das dívidas.

De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), não existe a possibilidade de alteração dos valores previstos que foram pactuados anteriormente, exceto em situações excepcionais previstas pelos acordos de leniência. No entanto, não foram dados detalhes sobre quais seriam as condições descritas para a adoção de novos valores.