Nesta segunda-feira (25), o site Notícia Já recebeu um vídeo em que um homem identificado como Crispim Terral, aparece sendo enforcado por policiais militares dentro de uma Agência da Caixa Econômica Federal, do relógio de São Pedro,no Centro da cidade, em Salvador.

A vítima das agressões cometidas pelos agentes da Polícia Militar, postou em sua conta no Facebook a imagem em que aparece primeiro discutindo com o suposto gerente do banco e com policias ao seu redor.

A  filha do homem  que estava  ao seu lado no momento em que ele foi jogado ao chão e enforcado gravou toda cena.No vídeo é possível ver ainda que os policias ordenam que ele não se mexa e se entregue para ser algemado.

Segundo o homem, toda situação ocorreu após uma discussão com o gerente da Caixa.

 

Confira na integra a postagem de Crispim:

“Olá meus nobres irmãos e amigos para quem não me conhece meu nome é Crispim Terral tenho 34 anos sou casado pai de 5 filhos, por ser um homem possuído pelo amor, mantenho o respeito e humildade e verdade com uma tranquilidade que incomoda a muitos.

Com muita tristeza eu venho por meio deste relato expressar a minha indignação e revolta contra o preconceito racial.
Almir dirigir a Caixa Econômica Federal do relógio de São Pedro na terça-feira no dia 19 do 2 de 2019 para buscar meu direito como cidadão e cliente fui solicitar um suposto comprovante de pagamento de dois cheques pagos pela Caixa Econômica sendo que os dois cheques estão devolvidos por motivos 11,12 (motivo 11: sem fundo, motivo 12: sem fundo pela segunda vez)
Sendo que os mesmos estão em minhas mãos fui também requerer a devolução de R$ 2056,00 (dois mil e cinquenta e seis reais) retirados de minha conta a dois meses e 21 dias indevidamente.
Pela oitava vez, desta vez na companhia de minha filha menor fui surpreendido Mais Uma Vez pelo Sr. Mauro gerente responsável pela minha conta naquele momento que me atendeu de forma indiferente enquanto me deixou esperando na sua mesa por quatro horas e quarenta e sete minutos e foi atender outras pessoas em outra mesa, Indignado com a situação me dirigir a mesa do gerente general o Sr. João Paulo que da mesma forma e ainda mais ríspida me atendeu com mais indiferença, Quando Pensei que não poderia piorar foi surpreendido pelo senhor João Paulo com a seguinte fala “se o senhor não se retirar da minha mesa vou chamar uma guarnição” e assim o fez chamou a guarnição, dois policiais me pediram no primeiro momento de forma educada para que pudéssemos nos dirigir juntamente com gerente até a delegacia para prestar esclarecimentos, até aí tudo bem O problema foi que ao descer ao térreo da agência o gerente o senhor João Paulo falou que só iria à Delegacia se os policiais me algemassem, e que ele “não faz acordos com esse tipo de gente” eu tenho um vídeo desse momento terrível e absurdo, está disponível para vocês verem em pleno século 21 fui tratado de forma ríspida e claramente fui vítima de preconceito racial.”

Assista ao  vídeo:

O site Notícia Já, entrou em contato com a Polícia Militar e com a Caixa Econômica para obter informações sobre o caso e  saber por qual motivo os agentes realizaram aquela abordagem.

O banco informou em nota que está apurando o caso e que repúdia qualquer ato de racismo.

Em nota a Polícia Militar da Bahia informou que, os policiais “ conversaram com o gerente da agência que relatou que o homem estava solicitando um comprovante de transação que não poderia ser fornecido naquele momento e solicitou a remoção do cidadão do interior da agência em razão do encerramento do expediente bancário”.

“Em dado momento houve a necessidade de empregar a força proporcional para fazer cumprir a ordem legal exarada, mesmo após diversas tentativas de conduzi-lo sem o emprego da força, no próprio vídeo é evidente a condução técnica e equilibrada dos policiais militares na ação e também observa-se uma edição suprimindo parte do ocorrido”, conta.

Ainda conforme a comunicação social da PM, o homem, identificado como Crispim Terral, foi conduzido à Central de Flagrantes onde foi autuado por desobediência e resistência. Administrativamente uma sindicância será instaurada pelo 18º BPM para apurar todas as circunstâncias da intervenção policial.

 

 

 

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