A janela para migração partidária foi aberta no último dia 7 e as movimentações já foram iniciadas. A concentração está na base do governo Rui Costa (PT) não por acaso. O PSD, partido que saiu com o maior número de prefeitos eleitos em 2016, cresceu sua bancada estadual com a chegada de dos deputados estaduais Manassés e Alan Castro.

O partido pode receber ainda outros dois ou três parlamentares estaduais. O senador licenciado Walter Pinheiro, atualmente sem partido, pode integrar as fileiras do PSD ou PDT. Marcelo Nilo, ex-presidente da Assembleia Legislativa, migrou para o PSB em ato realizado na última segunda-feira (12).

O deputado estadual Alex Lima saiu do Podemos e tem quatro legendas no radar para seguir a trajetória política. PSD, PDT, PP e PSB são as opções que se apresentam. A migração no espectro político de Rui Costa não para por aí. Existem outras idas e vindas previstas já em fase avançado.

A exemplo da saída de Ronaldo Carletto do PP com destino ao PR, a busca pela vaga na chapa majoritária levou a negociações que passam por dar corpo ao Partido da República. Mas antes mesmo de acontecer, o projeto já sofreu duas baixas (Manassés e Alan Castro).

Por outro lado, nesta terça-feira (13), especulou-se após uma visita do deputado federal Antônio Imbassahy ao estadual Pedro Tavares que o tucano poderia estar de mudança para o MDB, presidido na Bahia por Tavares, e até mesmo de que Tavares poderia ingressar na sigla tucana, o que foi rechaçado prontamente pelo emedebista. A saída do deputado federal Elmar Nascimento do DEM para ingressar ao PP também foi ventilada e descartada.

Outras mudanças, sobretudo no MDB estão na “ordem do dia” da política baiana, contudo, nenhum movimento será feito antes do prefeito de Salvador ACM Neto anunciar a decisão de ser ou não candidato ao governo do estado.

O compasso de espera gera ansiedade nos próprios aliados do agora presidente nacional do Democratas, mas ao que tudo indica a decisão vai sair apenas nos últimos dias antes do encerramento do prazo para migração partidária.

Até lá, deputados estaduais e federais alinhados ao prefeito costuram e observam o movimento do líder político. A expectativa é que antes de anunciar a decisão, Neto distribua as tarefas de cada peça e organize o tabuleiro.

Outro fator que segura a movimentação é a situação jurídica do deputado federal Lúcio Vieira Lima. O processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara está em tramitação aguardando o parecer do relator Hiran Gonçalves (PP-RR).

A ameaça de esvaziamento do MDB baiano está vinculada diretamente à permanência de Lúcio no partido consorciada a outra decisão de Neto. Primeiro, se Neto for candidato e depois, caso seja, se vai querer o MDB na coligação.

Uma tentativa de colocar Lúcio Vieira Lima em uma legenda menor, falou-se em PHS, foi feita, mas rejeitada pelo parlamentar de pronto. Vale ressaltar que o emedebista nega que tenha havido qualquer conversa neste sentido.

Entre as peças que podem se movimentar no campo político está o próprio vice-prefeito Bruno Reis (MDB), Arthur Maia (PPS), quatro deputados do MDB (Hildécio Meirelles, Luciano Simões, Leur Lomanto e David Rios) e Antônio Imbassahy (sem ambiente para permanecer no PSDB).

Resta saber quando Neto vai revelar para os seus a decisão e como será jogado o jogo após este anúncio.

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