A perícia técnica não precisou aplicar o exame de DNA que possui custo mais elevado para o Estado e é mais lenta a divulgação do resultado

O corpo do jovem Antônio Carlos da Costa Silva, 16 anos, que foi vítima de um afogamento na praia da Barra, no final de mês de maio, foi identificado através da técnica da Necropapiloscopia, empregada pelos Peritos Técnicos Alexandre Barreto e David Leite, que trabalham no Instituto de Identificação Pedro Melo. O corpo foi encontrado na Ilha de Maré, na semana passada, e já encontrava-se em um quadro de difícil identificação.

O Perito Técnico Alexandre Barreto explica que só foi possível aplicar a técnica da Necropapiloscopia apenas no dedo do polegar direito, através do tratamento de hidratação, com o uso de substâncias químicas utilizadas em Laboratórios, que permitem aumentar as densidades das “cristas papilares”, mais conhecidas popularmente, como impressões digitais. “ A equipe conseguiu obter resultados muitos positivos diante de todas as dificuldades que encontrou!”, pontua.

Segundo o Perito, o Estado deveria investir mais no trabalho da perícia que utiliza a Necropapiloscopia devido à rapidez no processo de identificação dos corpos e o baixo custo para os órgãos públicos. “ Os exames de DNA demoram muito para identificar o corpo e a despesa é muito maior. Infelizmente, temos uma quantidade elevada de homicídios na Bahia. A Necropapiloscopia é mais rápida e mais barata!”, destaca Alexandre Barreto.

Para o Diretor Jurídico do SINDPOC e Perito Técnico, Cláudio Lima, o DNA deve sempre ser o último recurso a ser usado durante o processo de identificação humana por causa do elevado custo e devido à demora de sair o resultado. “ Precisamos valorizar mais o trabalho desenvolvido pelos Peritos Técnicos, especialistas da área de Necropapiloscopia. O DNA, além de ser muito mais caro, gera mais sofrimento à família que fica aguardando a identificação por meses!”, frisa o sindicalista.

” As atribuições de todas as carreiras da Polícia Civil possuem igual importância à sociedade no processo de investigação criminal. Os Peritos técnicos conseguiram fazer a identificação rápida e eficaz através da técnica da Necropapiloscopia!”, enfatizou o Presidente do SINDPOC, Marcos Maurício.

ASCOM SINDPOC

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