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Durante a abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez contundentes críticas aos ataques de Israel na Faixa de Gaza, chamando-os de “genocídio”.

“Nada justifica o genocídio em curso em Gaza. Quero expressar minha admiração aos judeus que, dentro e fora de Israel, se opõem a essa punição coletiva. O povo palestino corre o risco de desaparecer e só sobreviverá como um estado independente integrado à comunidade internacional. Essa é a solução defendida por mais de 150 membros da ONU, mas obstruída por um único veto”, afirmou Lula.

Lula também lamentou que o presidente palestino não tenha podido ocupar a bancada da Palestina neste momento histórico.

Crises Climáticas e COP30

Em seu discurso, o presidente abordou ainda as crises climáticas, enfatizando a importância da COP30, que ocorrerá em Belém. Segundo ele, este evento será uma oportunidade crucial para que as nações demonstrem seriedade em seus compromissos com o planeta.

“Bombas e armas nucleares não vão nos proteger da crise climática. O ano de 2024 foi o mais quente já registrado. A COP30 será a COP da verdade, onde os líderes mundiais devem provar seu compromisso com o planeta. Sem o quadro completo das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), caminharemos de olhos vendados para o abismo”, alertou.

Lula destacou o compromisso do Brasil em reduzir entre 59% e 67% suas emissões de gases de efeito estufa, abrangendo todos os setores da economia. Ele ressaltou que nações em desenvolvimento enfrentam mudanças climáticas enquanto lidam com outros desafios, enquanto países ricos desfrutam de padrões de vida que resultam de séculos de emissões.

“Exigir maior ambição e acesso a recursos e tecnologias não é uma questão de caridade, mas de justiça”, concluiu o presidente.

A declaração de Lula na ONU ressalta a posição do Brasil em questões globais, reforçando a necessidade de ações coletivas e justas para enfrentar os desafios contemporâneos.