Além de trabalhar em uma agenda positiva, para os próximos dias, e de se reunir com empresários, na tentativa de tranquilizá-los sobre o andamento das reformas tributária e previdenciária, o presidente Michel Temer também se reuniu com aliados, nesse fim de semana, com o objetivo de traçar uma estratégia para enfraquecer o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O objetivo é livrar-se de uma segunda denúncia, desta vez por obstrução de justiça, baseada nas delações da JBS. Temer já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo crime de corrupção passiva e o processo está previsto para ir à votação, no plenário da Câmara, no dia 2 de agosto.

A proposta do presidente, desde a aprovação e nomeação da procuradora Raquel Dodge para a PGR, na semana passada, é disseminar e fortalecer o discurso de que o atual chefe do Ministério Público Federal (MPF) protagoniza uma perseguição política contra Michel Temer. Janot deixa a procuradoria em setembro.

O plano deve ser colocado em prática já a partir desta terça, durante o recesso parlamentar do Congresso, que começa neste dia 18 e vai até 31 de julho. O ministro Antônio Imbassahy, da Secretaria de Governo, confirmou à jornalista Andréia Sadi, do portal G1, após encontro com o presidente, no último sábado, que Temer tem se mostrado indignado com a denúncia e alega que ela não tem “razoabilidade”.

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