Enfermeira denuncia assédio sexual cometido por personal trainer em Salvador; Redação 25 de novembro de 2025 Destaque, Notícias, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS A enfermeira e influenciadora digital Maria Emília Barbosa tornou pública, nesta terça-feira (25), uma denúncia de assédio sexual envolvendo um personal trainer bastante conhecido em Salvador, que atende influenciadores e atua como preparador físico em academias da capital. A data coincide com o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, e a publicação rapidamente repercutiu nas redes sociais, estimulando outras mulheres a relatarem episódios parecidos.Segundo Maria Emília, o primeiro contato com o profissional ocorreu em janeiro deste ano, após indicação de uma amiga. O atendimento incluía uma parceria para divulgação nas redes sociais, negociada inteiramente por mensagens.A primeira consulta aconteceu em 31 de janeiro. A enfermeira afirma que o personal exigiu que a avaliação física fosse realizada de biquíni, justificando que o procedimento só poderia ocorrer dessa forma. Durante a sessão, ela relata ter sido submetida a poses e procedimentos que a deixaram desconfortável, incluindo uma suposta liberação miofascial feita com proximidade excessiva de suas partes íntimas.“Eu estava extremamente desconfortável, mas pensei que fizesse parte do exame. Ele chegava muito perto, sem tocar, e eu permaneci paralisada, tentando agir naturalmente”, contou.Maria Emília seguiu o plano de treinos pelo período de 30 dias e, ao retornar para uma nova avaliação, recusou usar biquíni, optando por roupa de academia. Ainda assim, segundo ela, o personal insistiu que seria “impossível” realizar o procedimento corretamente sem o traje.Na segunda sessão, o comportamento do profissional teria se tornado ainda mais invasivo. De acordo com a denúncia, ele lateralizou a peça íntima da vítima e realizou movimentos de conotação sexual.“Eu dei um tapa na mão dele e pedi para parar. Foi quando ele pegou minha mão, colocou no órgão genital dele e disse: ‘Veja só como eu fico com você’”, relatou.A enfermeira afirma que saiu imediatamente do local. Após relatar o caso a pessoas próximas, descobriu que outras mulheres teriam passado por situações semelhantes com o mesmo profissional. Ela informou que buscou apoio jurídico e registrou a denúncia criminal.“Eu me senti culpada por ter ficado paralisada, mas hoje sei que isso é uma resposta comum diante da violência. Por isso decidi falar.”Após a publicação, outras supostas vítimas procuraram Maria Emília. Uma delas, segundo ela, já prestou depoimento formal às autoridades. A enfermeira finalizou o relato incentivando mulheres a denunciarem casos semelhantes e ressaltou a importância de romper o silêncio diante da violência.