Mesmo sob nuvens, a impressão era de um sol para cada um no Parque Shiokaze durante a maior parte do jogo. Sob uma sensação térmica de 40°, a chuva até caiu no fim, mas não a tempo de aliviar para Bruno Schmidt e Evandro.

Os dois tentaram, mas caíram para Plavins e Tocs, da Letônia, nas oitavas de final do vôlei de praia. Em 2 sets a 0, parciais 21/19 e 21/18, a dupla brasileira se despede das Olimpíadas de Tóquio.Com a vitória sobre Bruno Schmidt e Evandro, Plavins e Tocs podem ter outra dupla brasileira pelo caminho nas quartas de final. Eles aguardam o resultado do confronto entre Alison/Álvaro Filho e os mexicanos Gaxiola/Rubio, mais tarde, às 9h (horário de Brasília).

– Triste. Queria estender esse torneio o máximo possível, mas estou feliz também por estar aqui, porque há quatro meses eu nem sabia se poderia disputar as Olimpíadas. A gente errou muito no primeiro set e isso fez crescer o jogo deles, principalmente defensivamente. Faltou um pouco de vibração, mas o meu balanço pessoal é que eu fiz o meu máximo nessa Olimpíada – disse Bruno Schmidt.

Bruno se ajoelha ao perder nas olimpíadas

O brasileiro teve um quadro grave de covid-19 neste ano e, muito debilitado, não sabia se chegaria aos Jogos Olímpicos em condições competitivas.

“Depois de tudo que eu passei, eu adoraria viver uma história bacana e de muita superação, mais do que já estou tendo. Queria ter ajudado mais o Evandro na sua segunda participação olímpica”, afirmou Bruno. “Ainda mais depois da pandemia, nosso time foi muito afetado. Se você for ver, cinco meses atrás eu estava saindo do hospital, eu nem sabia se estaria aqui. Não sabia se conseguiria me recuperar a tempo, iriam me substituir e eu perderia uma participação dessas. Tentei em curto prazo ser o melhor atleta que eu poderia ser, mas hoje não deu”, acrescentou.

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