Um pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aponta um navio-tanque com a bandeira das Ilhas Marshall como o novo suspeito do derramamento de óleo que atingiu as praias do litoral do Nordeste e chegou ao Sudeste na última semana.

De acordo com o blog de Diogo Schelp, no UOL, a embarcação foi identificada após análise das rotas de 111 navios, com base em uma imagem do satélite Sentinel 1-A que mostra o que parece ser uma mancha de óleo a 25 quilômetros do litoral da Paraíba, no último dia 19 de julho.

O pesquisador Humberto Barbosa, do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Ufal, disse ao UOL que um desses navios teve comportamento incomum. O nome da embarcação não foi divulgado pelo pesquisador, mas trata-se do Voyager I, que está registrado em nome da Gulf Marine Management Deutschland, ou GMM(D), empresa com sede em Hamburgo, na Alemanha.

Conforme a publicação, entre os dias 1º de julho e 13 de agosto, a embarcação desligou o transponder, equipamento que permite o rastreamento em tempo real do percurso da embarcação, ou seja, a embarcação comporta-se como um “navio fantasma”.

Ainda segundo o UOL, a linha de investigação diverge da baseada em análises de satélite feitas pela empresa Hex Tecnologia Geoespacial, que identificaram como possível origem do vazamento uma mancha de óleo no dia 29 de julho a 700 quilômetros do litoral brasileiro e que fizeram o governo federal suspeitar do navio grego Bouboulina.

O navio realiza o transporte de petróleo cru da Venezuela para a Ásia e partiu novamente de Puerto José no último dia 8. A embarcação está a caminho de Singapura. Até às 22h desse domingo (17), o Voyager I estava próximo do Suriname e da Guiana Francesa. A embarcação tem previsão de navegar ao largo do litoral brasileiro ainda esta semana.

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