O Pantanal registrou em outubro deste ano o maior número de queimadas dos últimos 17 anos para esse mês do ano. É o que um balanço divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o órgão, foram 2.430 focos de incêndio registrados no mês passado no bioma.

Um incêndio de grandes proporções vem atingindo o Pantanal nos últimos dias. Segundo estimativa do Inpe, as chamas já destruíram 128 mil hectares de vegetação. Só a cidade de São Paulo, por exemplo, tem área de 152 mil hectares.

De acordo com Alberto Setzer, pesquisador do Inpe e membro do Programa Queimadas, a seca registrada neste ano deixou o cenário mais dramático e dificultado o controle das chamas. “São praticamente três meses seguidos com chuvas abaixo da média”, explica o especialista ao jornal O Estado de São Paulo.

De 1º de janeiro até o último domingo (3/11), foram registrados no Pantanal 8.875 focos de incêndio. No mesmo período do ano passado, esse era de 1.514 focos, o que representa um aumento de 486%. É o mais alto número de queimadas desde 2007 para o período, quando houve 9.664 focos.

Combate

A falta de chuvas e o calor dificultam o combate às chamas que atingem a área do Pantanal no Mato Grosso do Sul. O fogo avança para a região do Forte Coimbra, entre Corumbá e Porto Murtinho, e estão próximos das bordas do Parque Estadual do Rio Negro, na região central do bioma.

De acordo com o governo estadual, o Corpo de Bombeiros foi obrigado a remanejar parte do grupamento e aeronaves para combater grandes incêndios que surgiram no Parque Estadual Várzeas do Ivinhema, no extremo sul da Bacia do Rio Paraná.

Efetivo

A força-tarefa de combate a incêndios conta com 120 homens, três aviões Air-Tractor com lança-água e três helicópteros. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal enviará hoje mais 27 homens para o combate aos incêndios registrados na área do Pantanal.

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