O vice-prefeito de Salvador Bruno Reis (MDB) negou a existência de qualquer articulação política que o coloque fora do partido neste momento. Ao BNews, Reis afirmou que não houve nenhuma conversa sobre uma eventual saída do MDB. “Não sou candidato em 2018 e não há necessidade de mudança de legenda”, ressaltou.

Nesta segunda-feira (15), a coluna Estadão, do jornal Estado de São Paulo, especulou que o vice-prefeito migraria para DEM em caso de confirmação da candidatura do prefeito ACM Neto ao governo da Bahia.

De acordo com os articulistas do impresso paulista, a medida serviria para manter o DEM no comando da capital baiana.

Embora negue a mudança ou pretensão de mudança, o que se sabe é que desde a descoberta pela Polícia Federal do “bunker” de Geddel Vieira Lima, com seus vultuosos R$ 51 milhões, Bruno Reis defendeu em conversas privadas com “emedebistas” a abertura do partido para novas lideranças que de certo modo muda a curva negativa imposta pelo escândalo envolvendo os caciques.

Outra vez, o vice-prefeito nega o teor das conversas, contudo, ao BNews, fontes do partido atestam que houve de fato a defesa deste posicionamento. “Não apenas Bruno Reis, mas parte da bancada estadual também foi e permanece simpática à ideia de se ter no partido novas lideranças que contribuam para, pelo menos, minimizar os efeitos negativos da prisão de Geddel”.

Neste sentido, não surpreenderá se o vice-prefeito, que assumirá a cadeira central do Palácio Thomé de Souza assim que o titular renunciar para disputar o pleito de outubro, seja parte e articulador de uma valorização do próprio passe. Inclusive, não se pode descartar a possiblidade de Bruno integrar um partido que atualmente compõe o arco de aliança de Rui Costa.

O PP, terceira força política da Bahia, é um partido que vem negociando na esfera federal com legendas que orbitam as mesmas alianças que o DEM. O deputado federal, filho do vice-governador da Bahia, já manifestou insatisfação em outros momentos com os petistas mais radicais.

O PR e o PDT são siglas que também podem abrigar o vice-prefeito. O primeiro mais que o segundo já que o PDT deve ter como candidato à presidência Ciro Gomes que fará oposição a uma candidatura de Neto em quaisquer circunstâncias.

Bruno Reis é taxativo ao negar, neste momento, conversa. Mas na Bahia muita coisa só começa depois do Carnaval, portanto, após o meio dia da quarta-feira de cinzas muita coisa pode mudar.

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