Às vésperas da reunião que irá definir a instalação de uma greve da categoria, o presidente licenciado do Sindicato dos Rodoviários, o vereador Hélio Ferreira (PCdoB), admitiu nesta quinta-feira (18) que o clima de negociação não está favorável para um acordo.

“A gente tem que sempre pensar positivo, mas estar preparado, ao mesmo tempo, para qualquer que seja a decisão. Nós só vamos defender na categoria uma proposta que contemple os trabalhadores”, pontuou o sindicalista.

Segundo ele, estão sobre a mesa assuntos como um aumento salarial que represente ganho real, uma majoração no ticket alimentação, bem como a resolução de problemas relacionados com a extinção Concessionária Salvador Norte (CSN) e o pagamento dos direitos trabalhistas de ex-funcionários da empresa.

Um outro tema que também é salutar para os rodoviários nesta mobilização é a possível extinção dos postos de trabalho dos trocadores de ônibus, estudada no levantamento de revisão tarifária realizado neste ano pela gestão municipal.

“Acho que já avançamos com essa questão do cobrador, mas ainda estamos vigilantes com a manutenção”, adicionou Hélio Ferreira.

De acordo com o vereador, estão sendo envidados esforços a fim de esforços a fim de evitar uma greve por tenmpo indeterminado em Salvador, mas o cenário não parece animador. “Hoje eu vejo mais para uma greve do que para um acordo”, revelou.

Garantindo que os colaboradores do transporte público estão “à disposição”, ele disse que a expectativa de todos é que haja a apresentação de uma proposta que seja benéfica aos trabalhadores. 

Caso a greve geral aconteça, afirmou o vereador, os veículos do Sistema de Transporte Especial Complementar (STEC), conhecidos como “amarelinhos”, poderão ser incluídos – a frota é comumente incluída nas operações emergenciais pela prefeitura como alternativa para a mobilidade soteropolitana durante paralisações da categoria.