A possibilidade de ampliação dos horários de funcionamento dos shoppings centers em Salvador durante o período natalino, adiantada pelo prefeito ACM Neto (DEM) nesta sexta-feira (11), deixou lojistas e comerciários na expectativa por estratégias seguras de atendimento a essa demanda. Os trabalhadores querem que as 8 horas diárias/ 44 horas semanais sejam respeitadas. Já os empresários preferem que a extensão do funcionamento seja facultativa, pois não é garantido que o faturamento irá aumentar em tempos de pandemia e crise econômica.

 

O presidente do Sindicato dos Comerciários de Salvador, Renato Ezequiel, afirmou que a categoria não se opõe à ampliação durante o período natalino, mas os trabalhadores não podem ser sobrecarregados com horas extras, ainda mais diante do risco de infecção pelo coronavírus. Ele garantiu que a entidade irá fiscalizar o cumprimento da carga horária e das medidas sanitárias.

 

“O horário pode ser estendido, desde que sejam cumpridas as normas da convenção coletiva assinada em 2018: 8 horas, de segunda a sexta, e sábado 4 horas. Essa é a posição do Sindicato, até porque já vínhamos buscando a redução do horário, pois trabalhar 8 horas por dia já é muito durante a pandemia. Os empresários vão ter que se adequar, caso o prefeito aumente o horário de funcionamento, contratando novos funcionários, por exemplo”, afirmou Ezequiel.

 

Quanto aos domingos, ele lembra que os comerciários devem receber R$ 32, mais alimentação de R$ 10,46, transporte e folga na semana. Nos feriados, a única alteração é que o valor vai para R$ 42. Ezequiel é contra as horas extras, pois apenas deixa os trabalhadores com “desgaste físico e mental, além de deixá-los vulneráveis em um período complicado”. Nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro, os centros comerciais não poderão abrir.

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