As ofensas ditas na última terça-feira (18) pelo presidente Jair Bolsonaro contra a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de São Paulo, foram repudiadas pela International Women’s Media Foundation, organização que atua para fortalecer o trabalho de jornalistas mulheres no mundo.

Em nota, a diretora-executiva da organização, Elisa Lees Muñoz, afirma que estava “profundamente preocupada” com a jornalista e solicitou que as autoridades brasileiras “cessem os ataques imediatamente”. “Jornalistas devem poder fazer seu trabalho sem medo de retaliação”, afirmou.

Na última terça, Bolsonaro disse que a repórter “queria dar o furo a qualquer preço contra mim”. O ataque foi feito depois que um ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp dizer, sem apresentar qualquer prova, que a jornalista teria tentado “se insinuar” sexualmente para ele em busca de informações. A declaração foi concedida na semana passada, em depoimento do ex-funcionário à CPMI das Fake News.

Segundo estatísticas citadas pela organização no documento, “70% das mulheres jornalistas sofreram mais de um tipo de assédio, ameaça ou ataque”, realidade que frequentemente as afasta da profissão.

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