A Justiça Federal do Distrito Federal decidiu, ontem (4), absolver os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto no caso que ficou conhecido como “quadrilhão do PT”. Os cinco haviam virado réus por organização criminosa.

Segundo a decisão do juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos, “a denúncia apresentada, em verdade, traduz tentativa de criminalizar a atividade política” ao adotar como “verdade dos fatos” a “suposição” de instalação de uma organização criminosa durante o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, sem que tenham sido apontadas provas consistentes.

Ao apresentar a denúncia em setembro de 2017, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, alegou que pelo menos desde meados de 2002 até 12 de maio de 2016, os denunciados “integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República, para cometimento de uma miríade de delitos, em especial contra a administração pública em geral”. À época, o PT afirmou que a acusação era “fruto de delírio acusatório, ou, mais grave, do uso do cargo para perseguição política”.

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