O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, afirmou que a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga, medida defendida por parlamentares no Congresso, é “desnecessária”. O jurista disse que o país precisa de “paz entre os poderes”. Toffoli afirmou que vai colocar no plenário da Suprema Corte ainda neste ano o caso das prisões após condenação em segunda instância.

“O que o país precisa é de paz entre os poderes, harmonia, é o que eu tenho pregado. Porque o povo quer emprego, quer a economia crescendo. Todos os atores que têm responsabilidade política ou de gestão, ou no caso do juiz responsabilidade com o Estado brasileiro tem que pensar em harmonia e paz e cada um fazer seu papel. O Parlamento cuida do futuro, o Executivo cuida do presente e o Supremo julga o passado”, defendeu, em entrevista ao SBT.

As declarações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que disse ter ido armado a uma sessão do STF para matar o ministro Gilmar Mendes, também foram tema da entrevista. “Eu não sei se esse fato é verdadeiro ou não. É preocupante uma alta autoridade dizer isso. Porque nós tivemos recentemente um atentado ao próprio candidato que foi eleito presidente da República. Esse tipo de afirmação, tenha ocorrido ou não o fato, é muito ruim porque faz com que as pessoas não tenham capacidade de entender as coisas se sintam autorizadas a praticar um ilícito”, afirmou.

O presidente do STF ainda declarou que o inquérito que investiga a propagação de notícias falsas revelou planos sobre ataques terroristas contra os ministros. “A partir do momento que abriu esse inquérito as fake news contra o Supremo e as ameaças foram reduzidas em altíssimo grau”, disse. Segundo ele, o inquérito descobriu planos de ataques terroristas e ficará aberto “enquanto for necessário”. “Esse inquérito descobriu na deep web ataques terroristas. Ataques com ligação a pessoas que já fizeram outros atentados gravíssimos”, alertou, sem dar detalhes por “questões de segurança”.

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