A pedido da Associação dos Comerciantes do Pelourinho, sob a liderança de Clarindo Silva, dono do tradicional bar Cantina da Lua, será realizada as obras de reforma dos Largos Pedro Arcanjo, Tereza Batista e Quincas Berro D’Água em etapas, de forma que enquanto uma passe pelos serviços, as outras duas funcionem – nenhum dos espaços está fechado até então, esperando a liberação dos recursos para os trabalhos, mas também não podem receber shows, por questões de segurança . O pleito fazia parte de uma pauta de reivindicações da entidade e a resposta foi passada nesta segunda-feira (5) pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Ângelo Coronel (PSD), em encontro no Salão Nobre da Casa. O parlamentar apresentou os pedidos ao governador Rui Costa, que concordou com a mudança. É a segunda reunião em 15 dias.

Os comerciantes buscam evitar que, com as obras, e consequente suspensão dos eventos, ocorra uma queda brusca nas vendas nas três praças. A comissão é integrada por donos de bar e restaurante, de galerias de arte, grupo de capoeira, padeiro, moradores, produtores culturais, trançadeiras, entre outros. Os comerciantes querem conhecer o projeto e citaram ter recebido um tratamento descortês por parte dos representantes do Instituto da Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), que comandará a requalificação.

Outra proposta solicitada pela associação é o refinanciamento da dívida dos permissionários em dívida com o Refis (Programa de Recuperação Fiscal). O governo do Estado estudará a proposta e rediscutirá o plano junto à associação. De acordo com o presidente da entidade, Clarindo Silva, 160 dos 230 comerciantes do Pelourinho estão inadimplentes com o Refis. Ele afirmou que o “Pelô está na UTI” – a frase foi usada em faixas e cartazes pelos cerca de 50 manifestantes – e menciona, entre os motivos, o fim de festas anteriormente comemoradas no Pelô, como Páscoa, a chegada da primavera, o Natal, os festejos em homenagem a Santo Antônio e a “Bênção”, evento realizado às terças-feiras.

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