O deputado federal e filho do presidente da República Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), disse nesta quinta-feira (28), em entrevista ao O Globo, que a crise entre governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), “é uma tempestade em copo d’água”.

O parlamentar defendeu o diálogo entre os poderes para tratar da articulação e, ao ser questionado se o presidente receberia parlamentares para conversar, Eduardo minimizou a troca de farpas entre os chefes do Executivo e Legislativo.

“Não estou falando que ele (Jair Bolsonaro) vai chamar (os parlamentares), mas certamente uma conexão pode ser feita. Já é feita de alguma maneira. É que eu não vejo essa crise toda. Estou bem tranquilo. Não digo eu, é o clima todo aqui. Vejo muita tempestade em copo d’água”, declarou Eduardo.

Eduardo foi questionado sobre como fazer uma articulação sem recorrer ao que o presidente da República chama de “velha política e toma lá, dá cá”. “Para que um deputado recebe o seu salário? Para legislar, votar de acordo com as suas convicções e de acordo com o seu eleitorado. Ele representa um número x de pessoas. Ele representa um segmento da sociedade. Então é isso daí que tem que vigorar “, respondeu.

Segundo ele, Planalto está aberto ao diálogo. Eduardo Bolsonaro afirmou que “os deputados já estão falando em página virada”. “Agora, certamente o “toma lá dá cá” não vai ser feito. E eu acredito que a maioria dos deputados aqui está aberta para ser convencida. Tanto que tem vários deputados estão se declarando a favor da reforma da Previdência, muito mais do que no governo Temer, de forma espontânea, em que pese ela ser impopular”, explicou.

Para ele, os questionamentos a sete ministros em comissões de Câmara e Senado, na quarta-feira, tornaram a semana “produtiva”. “Eu acredito até que os deputados aqui da Casa, em sua maioria, eles estão com boa vontade. Eu não vejo tanto esse celeuma. O Jair Bolsonaro até perguntou: “Mas o que o presidente fez ou pode fazer?” Porque estavam falando que a relação da Presidência com a Câmara não estava tão boa. Enfim, ele está aberto ao diálogo. É conversar, colocar adiante”, concluiu.

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