O senador Tasso Jereissati (CE) lançou nesta quarta-feira (8) candidatura para a presidência do PSDB. A eleição está marcada para a convenção nacional do partido, em 9 de dezembro.

Tasso vem exercendo a presidência interina desde maio. Na época, o então presidente da sigla, senador Aécio Neves (MG), foi afastado em razão das denúncias contra ele na delação premiada de executivos da JBS.

Nos últimos meses, setores do PSDB alinhados com Tasso tentaram convencer Aécio a renunciar à presidência, mas o senador mineiro se recusou. A ala tucana ligada a Aécio é mais próxima do governo Michel Temer e defende a permanência do partido na Esplanada nos Ministérios.

Tasso, por sua vez, tem feito críticas à gestão Temer e se posiciona pela saída do partido do governo. Outro candidato no pleito do PSDB deve ser o governador de Goiás, Marconi Perillo, mais próximo ao grupo de Aécio.

O lançamento da candidatura de Tasso ocorreu em evento no gabinete da liderança do partido no Senado. Estavam presentes o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP), e o líder no Senado, Paulo Bauer (SC), além de senadores tucanos e deputados da bancada.

Partido não ‘está morto’

Em discurso, Tasso disse citou os fundadores do PSDB, que deixaram o PMDB insatisfeitos com os rumos da sigla na época. O senador disse que defende o “não conformismo” com a corrupção, com o “clientelismo e conluio”.

Tasso também disse que se enganam as pessoas que acham que há uma disputa interna no partido. Segundo ele, divergências na legenda mostram que o “partido está vivo”.

“O partido não está morto ou deitado no sofá roncando e não percebendo o que está acontecendo nas ruas. Nós estamos sim vivos, percebendo e atentos ao que está acontecendo”, declarou.

“Não estou colocando meu nome para rachar, é para unir, mas para unir com o povo. Não adianta ficarmos unidos aqui e distante do povo”, completou Tasso.

O senador disse que vai apresentar um novo código de ética do partido “que vai ser bastante rigoroso sobre como cada um de nós deve se comportar em relação à coisa pública, ao dinheiro público, à questão financeira e da corrupção”.

Afirmou também que o PSDB passará a ter um programa de compliance, regras de ética e conduta que visam à integridade de uma instituição. Além disso, o tucano declarou que será elaborado um novo estatuto, que vai definir regras para eleições-prévias para escolha de candidatos.

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