Reforma Ministerial em Foco: Lula Expressa Descontentamento com Vazamentos de Informações Redação 25 de fevereiro de 2025 Destaque, Notícias, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS Nos últimos dias, o presidente Lula (PT) manifestou sua insatisfação a aliados em relação aos vazamentos à imprensa sobre a reforma ministerial em seu governo. De acordo com relatos, Lula ressaltou que os integrantes de sua equipe sob risco de perder o cargo não deveriam descobrir suas substituições pelas notícias divulgadas na mídia.Segundo informações Lula decidiu trocar a ministra da Saúde, Nísia Trindade. O fato de Nísia ter sido informada sobre sua saída através da imprensa gerou descontentamento entre seus aliados e gerou preocupação no Palácio do Planalto. Para tratar do assunto, o presidente agendou uma cerimônia no Palácio nesta terça-feira (25) para firmar um acordo relacionado à produção de vacinas e medicamentos, resultado de parcerias público-privadas.Espera-se que o encontro reservado entre Lula e Nísia, para discutir seu futuro e a reforma ministerial, ocorra após a cerimônia. O ministro Alexandre Padilha (PT), atual chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), é cotado para assumir a Saúde.Outro ministro sob pressão é Márcio Macêdo (PT), titular da Secretaria-Geral da Presidência, cuja posição pode ser ocupada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR). Gleisi também é considerada para a SRI. Lula já expressou interesse em nomeá-la para a articulação política, embora tenha sido desencorajado por aliados. Contudo, essa possibilidade ainda não está descartada, assim como a chance dela assumir o Ministério de Desenvolvimento Social, atualmente liderado por Wellington Dias (PT).As conversas sobre mudanças na Esplanada se arrastam há meses e se intensificaram nas últimas semanas, em meio a uma queda na popularidade do governo. Aliados afirmam que Lula tem realizado reuniões com políticos fora da agenda pública na Granja do Torto para discutir o tema.Um aliado do presidente revelou que Lula deixou claro em encontros que poderia reconsiderar suas decisões caso informações sobre as mudanças fossem vazadas. Até mesmo os auxiliares mais próximos têm demonstrado cautela ao comentar sobre a reforma.Com a possível transferência de Padilha para a Saúde, uma nova vaga se abriria no Palácio do Planalto. Integrantes do centrão têm reclamado que a “cozinha” do presidente é composta majoritariamente por políticos do PT, sendo Sidônio Palmeira, chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), a única exceção.Atualmente, especula-se que um nome do centrão possa ocupar essa nova posição. Entre os cotados estão os deputados Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), Antonio Brito (PSD-BA) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), deputado federal licenciado pelo Republicanos. A cúpula da Câmara já trabalha pela indicação de Isnaldo, considerado governista e próximo dos presidentes da Câmara e do Senado.Apesar das expectativas em torno de um nome do centrão na SRI, há um grupo que defende que o ministério permaneça sob comando petista. Os principais candidatos nesse cenário incluem Jaques Wagner (BA), líder do governo no Senado, e José Guimarães (CE), líder na Câmara.A possível ida de Wagner ao Palácio do Planalto pode impactar o Ministério de Desenvolvimento Social, atualmente sob gestão de Wellington Dias, cujas ações têm gerado críticas por parte do presidente. Nesse caso, Dias poderia ser nomeado líder do governo no Senado.Para o comando do Ministério de Desenvolvimento Social, nomes técnicos como Esther Dweck (Gestão) e Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES, estão sendo considerados ao lado de políticos como Antonio Brito e Simone Tebet (MDB), atual ministra do Planejamento.