Na terça-feira, 26 de novembro, a Polícia Militar do Estado de São Paulo prendeu um homem de 42 anos suspeito de integrar a célula “restrita” do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do Brasil. O indivíduo é acusado de ter participação direta no plano de sequestro e assassinato do senador Sergio Moro, um crime que foi frustrado pela polícia em março de 2023.

A prisão ocorreu em Itanhaém, no litoral paulista, por agentes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, o homem foi encontrado escondido em um sítio e portava uma arma com numeração raspada, além de um documento falso.

As investigações que culminaram na sua detenção indicam que ele desempenhou um papel fundamental no esquema, realizando levantamentos sobre a rotina de Moro e sua família no Paraná. O suspeito possui um extenso histórico criminal, incluindo passagens por homicídio, roubo, formação de quadrilha e porte ilegal de arma.

Além disso, ele estaria vinculado a outro membro da facção que foi preso pela Polícia Federal em março de 2023 por seu envolvimento no planejamento do crime. Este cúmplice estava detido na Penitenciária II de Presidente Venceslau, mas foi assassinado dentro do presídio em junho deste ano.

O plano elaborado pelo PCC previa ataques coordenados contra autoridades e servidores públicos, envolvendo sequestros e extorsões. Sergio Moro era considerado o alvo central da operação devido ao seu papel como ministro da Justiça entre 2019 e 2020, período em que supervisionou a transferência de diversos líderes da facção para penitenciárias federais.

As autoridades continuam investigando os desdobramentos dessa trama criminosa e reforçando as medidas de segurança para proteger figuras públicas ameaçadas.