Tribunal Regional do Trabalho da Bahia Reconhece Conduta Discriminatória do Banco Bradesco e Concede Indenização a Bancária Redação 21 de novembro de 2024 Bahia, Destaque, Julstiça, Notícias, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS A 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) decidiu, por unanimidade, reconhecer uma conduta discriminatória por parte do Banco Bradesco em relação a uma bancária de Salvador. A instituição financeira foi condenada a indenizar a funcionária em R$ 30 mil devido a ofensas e comentários misóginos proferidos por seu gerente.A bancária, que ocupava o cargo de gerente de relacionamentos, foi alvo de apelidos pejorativos, como “Smurfette”, e enfrentou comentários inapropriados em reuniões, onde o gerente fazia “brincadeiras” sobre o uso de anticoncepcionais. A situação se agravou quando ela foi demitida enquanto estava grávida.Em sua ação na Justiça do Trabalho, a funcionária solicitou o reconhecimento da estabilidade no emprego durante a gravidez e uma compensação por danos morais. O julgamento ocorreu na 20ª Vara do Trabalho de Salvador, onde a juíza Alice Pires reconheceu o direito à estabilidade, considerando que a bancária já estava grávida antes do término de seu contrato de trabalho. Ela destacou também os relatos de humilhações e cobranças excessivas sofridas pela funcionária.Uma testemunha corroborou os relatos da bancária, confirmando que o gerente-geral da agência havia dado o apelido “Smurfette” e que suas “brincadeiras” incluíam propostas inaceitáveis sobre anticoncepcionais.Ao analisar o recurso apresentado pelo Bradesco, o desembargador Edilton Meireles ressaltou que a bancária demonstrou, por meio de exames médicos, que estava grávida de seis semanas no momento da demissão. Ele enfatizou que os comentários do gerente evidenciam uma clara conduta discriminatória.A decisão ainda cabe recurso por parte do banco.