Após muita espera, negociações, críticas e ameaças públicas de paralisações e greve ao governador Rui Costa, os servidores estaduais ainda têm esperança de, mesmo em um cenário econômico desfavorável, receberem ainda em 2017 o reajuste salarial que não veem há dois anos, desde que a crise financeira assolou o país e disseminou seus efeitos pelos estados. É o que afirma, pelo menos, a presidente da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), Marinalva Nunes. De acordo com a dirigente, o governador Rui Costa teria dito, em declarações supostamente veiculadas na imprensa, que a expectativa teria passado do reajuste zero para “100% de expectativa”, o que, na avaliação dela, pode indicar um aumento salarial linear ainda neste ano. “A Fetrab foi recebida pelo secretário de Administração para tratar do recadastramento e, na oportunidade, tratamos do reajuste. O secretário disse que tinha certeza que a opinião de Rui é de que agora a expectativa é de 100% para o reajuste linear”, afirmou Marinalva, em entrevista ao Bahia Notícias. A presidente da Fetrab demonstrou, no entanto, cautela quanto á possibilidade. “O governador ainda não nos sinalizou nada. O superintendente de RH disse que vai nos receber no dia 1º de julho para tratar do assunto. Se o governador tem expectativa de 100%, nós temos 200%”, declarou. Enquanto isso, a ordem é continuar pressionando a administração estadual para concessão do aumento. No Dois de Julho, dia da Independência da Bahia, a Fetrab sairá às ruas em protesto pelo reajuste e também contra reformas do governo Michel Temer. O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Zé Neto (PT), também preferiu adotar tom cauteloso. De acordo com ele, a situação econômica do estado vem melhorando, mas ainda é precipitado falar em aumentar os proventos. Entretanto, ele estaria mais “perto do que longe”, segundo o petista. “Há um esforço muito [para dar aumento]. Nesse momento, estamos fora do limite prudencial, mas temos mais de 45 mil professores aposentados e menos de 30 mil professores. Temos que fazer concurso para professores. Temos também que fazer concurso da Agerba, a própria Sefaz está deficiente de quadros. Hoje, enxergamos o fundo do túnel, mas precisamos de mais um pouco de tempo”, ponderou.

 

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