Em 2018, tanto a Bahia quanto Salvador tinham a segunda maior participação de pretos ou pardos na população total e a maior participação de pessoas que se declaravam pretas entre os estados e as capitais, respectivamente. Ao mesmo tempo, os índices de pobreza são maiores entre pretos ou pardos do que entre brancos. Os dados foram divulgados hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os baianos, os pretos ou pardos eram 81,1% (cerca de 12 milhões de pessoas), sendo que 22,9% eram pretos (3,4 milhões). Em Salvador, 82,8% se declaravam pretos ou pardos (2,4 milhões de pessoas), sendo 34,8% pretos (988 mil). O índice é significativamente maior do que o registrado no Brasil como um todo: 55,8% dos brasileiros se declaravam pretos ou pardos em 2018 (cerca de 116 milhões de pessoas), sendo 9,3% pretos (19,2 milhões).

Na Bahia, 42,9% da população como um todo estava abaixo da linha de pobreza em 2018, o que representava 6,3 milhões de pessoas vivendo com menos de R$ 413 por mês. Entre os que se declaravam pretos ou pardos, esse porcentual era ainda maior que a média: 43,8%, ou 5,3 milhões eram considerados pobres. Entre os brancos, o percentual de pobres era 38,6% ou 1,032 milhão de pessoas.

Mesmo com a desigualdade, a diferença na incidência de pobreza entre brancos e pretos ou pardos (5,2 pontos percentuais) era a terceira menor entre os estados. Já em Salvador, a desigualdade é maior em favor dos brancos: enquanto 22,3% da população total da capital baiana estava abaixo da linha de pobreza em 2018 (637 mil pessoas), entre as pessoas brancas o percentual caía para 15,2% (71 mil). Entre as pretas ou pardas, subia para 23,6% (558 mil). Era a 19ª maior diferença (8,4 pontos percentuais) entre as 27 capitais.

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