Uma mulher denunciou o ex-companheiro, que é vereador no município de Itapé, no sul da Bahia, de agressão após uma discussão por causa de um celular. O suspeito, no entanto, nega as acusações.

De acordo com a vítima, Maristela Cardoso dos Santos, a agressão ocorreu na segunda-feira (1º), na zona rural do município, quando o vereador Nilton Rosa Pinto tentou se aproximar dela para conversar. A vítima afirma que teve o celular tomado pelo vereador e que, quando tentou pegar o aparelho de volta, foi empurrada.

“Ele chegou e pediu que eu fosse falar com ele. A mãe da minha amiga balançou o dedo e disse que não era para eu falar com ele. Depois, ele se aproximou de mim. Eu pedi que ele viesse, e ele veio. Na hora, eu desbloqueei o meu celular e ele pediu o celular. Pediu, não. Tomou, realmente, da minha mão. Eu então me afastei do lado para pegar o celular e ele não deixou. Foi na hora que ele me empurrou e me jogou na pedra. Eu não vi mais nada. Meu ouvido parece que ficou surdo e as minhas vistas escureceram”, disse.

“Eu não estou podendo nem me movimentar direito. Até para dormir à noite eu tenho que dormir de barriga para cima, porque se eu virar para um lado dói”, destacou a mulher, que também relata estar com dificuldades para andar após as agressões.

Após a agressão, a vítima foi levada para o município de Itajuípe, onde foi atendida em uuma unidade de saúde. Ainda na segunda-feira, a vítima relata que também chegou a ser atendida em uma clínica de Itabuna, onde recebeu o laudo médico que atesta que ficou com lesões na coluna.

No mesmo dia, a irmã da vítima registrou um boletim de ocorrência no Complexo Policial de Itabuna.

Ela conta que a família sabia que o relacionamento dos dois era conturbado e que já tinha alertado par que terminasse com o homem desde que ocorreu a primeira agressão, quando ela estava grávida.

“Quando eu descobri que eu estava grávida, eu já estava com dois meses. Foi quando ele me agrediu. A gente foi para uma festa e eu acho que ele viu algum amigo ou alguma outra pessoa que eu acho que ele queria ficar. A gente estava na pousada, ele me levou para a pousada e disse que iria sair e que eu iria ficar lá dentro. Mas eu disse que eu sairia com ele, mas ele disse que eu não iria. Me chamou de tudo quanto foi nome e me deu um tapa no rosto. Na hora que ele me deu o tapa, eu caí”, lembra.

Em casa e abalada, Maristela espera que o suspeito pague pelo crime. “Com fé em Deus, eu vou me livrar dele”.

Por telefone, o vereador Nilton Rosa negou que tenha agredido Maristela e também que estivesse armado no dia em que ela relatou que o caso ocorreu. Afirmou que não foi notificado sobre nenhuma queixa prestada contra ele na delegacia.

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