Trump acusa congressistas democratas de “traição” e defende pena de morte após vídeo sobre ordens ilegais às Forças Armadas Redação 20 de novembro de 2025 Destaque, Notícias, Política, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar congressistas democratas nesta quinta-feira (20), após a divulgação de um vídeo no qual seis legisladores — todos veteranos das Forças Armadas ou da comunidade de inteligência — afirmam que militares têm o dever de recusar ordens ilegais.Trump reagiu republicando um artigo sobre o vídeo e classificando a iniciativa dos parlamentares como “comportamento sedicioso”, punível com a morte. “COMPORTAMENTO SEDICIOSO, punível com a MORTE! Isso é realmente ruim e perigoso para nosso país. Suas palavras não podem ser permitidas. COMPORTAMENTO SEDICIOSO DE TRAIDORES!!! PRENDAM-NOS???”, escreveu o presidente em duas postagens na rede Truth Social, usando as habituais letras maiúsculas.Entre os legisladores envolvidos estão os senadores Elissa Slotkin — ex-analista da CIA e veterana da Guerra do Iraque — e Mark Kelly, ex-astronauta e veterano da Marinha, além dos deputados Jason Crow, Maggie Goodlander, Chris Deluzio e Chrissy Houlahan.Embora o grupo não tenha citado ordens específicas, a manifestação ocorre em meio a uma escalada de tensões envolvendo o governo Trump e as Forças Armadas. “Estamos ao lado das nossas tropas, que são frequentemente colocadas em posições muito difíceis, e Donald Trump tem sugerido que as colocará em situações ainda mais delicadas nos próximos meses”, afirmou o deputado Jason Crow à Fox News. Ele disse ainda que o objetivo é lembrar os militares da Constituição, das leis de guerra e do Código de Justiça Militar.Crow também declarou que os recentes comentários de Trump violam a legislação dos EUA e poderiam comprometer gravemente o papel das Forças Armadas. “Não quero esperar até que aconteça algo para relembrar nossas tropas de suas obrigações. Seria tarde demais”, afirmou.Desde seu retorno ao cargo, Trump tem ampliado o uso dos poderes presidenciais envolvendo os militares. Ele acionou tropas em operações domésticas, especialmente para reprimir protestos e reforçar ações de imigração em cidades governadas por democratas — como Washington, Los Angeles e Chicago. Paralelamente, o Pentágono, comandado por Pete Hegseth, ex-apresentador da Fox News, promove uma série de demissões de oficiais considerados desalinhados politicamente ao governo.Em setembro, Trump e Hegseth convocaram centenas de oficiais-generais para uma reunião na base de Quantico, na Virgínia, onde reforçaram o nível de politização esperado dentro das Forças Armadas.Outro foco de preocupação é a mobilização militar no Caribe. Desde setembro, operações contra o narcotráfico na região resultaram na morte de mais de 80 pessoas em ataques a embarcações supostamente ligadas ao crime organizado, sem apresentação de provas consistentes pelo governo americano. Países latino-americanos e especialistas em direito internacional têm criticado a ofensiva.O Departamento de Justiça já trabalha para blindar os militares de possíveis responsabilizações futuras, elaborando argumentos jurídicos para protegê-los de processos relacionados a essas operações.A mobilização também pressiona o regime venezuelano de Nicolás Maduro — que Washington acusa de narcotráfico — e levanta receios de que tropas americanas possam realizar uma incursão militar no país sem base legal. Esse cenário preocupa adversários políticos de Trump, especialmente aqueles com vínculos com o setor militar.