Cinco anos após sua posse em 2020, Amy Coney Barrett solidificou sua posição na Suprema Corte dos Estados Unidos, com um percurso marcado pela rapidez de sua confirmação e por decisões que redefiniram direitos fundamentais. Indicada por Donald Trump, Barrett assumiu a vaga deixada por Ruth Bader Ginsburg, fortalecendo a maioria conservadora na Corte com uma votação unânime entre os senadores republicanos.

Desde sua chegada, Barrett tem sido uma força conservadora proeminente. Seu voto foi decisivo em marcos como a derrubada do direito constitucional ao aborto em 2022, o encerramento das ações afirmativas no ensino superior em 2023, e a concessão de imunidade presidencial a Donald Trump em 2024. Essas decisões refletem seu histórico conservador e as expectativas de seus apoiadores.

Entretanto, o cenário recente tem revelado uma faceta inesperada de sua atuação. Dados indicam que Barrett tem se alinhado com as juízas progressistas com uma frequência notável, diminuindo a proporção de seus votos conservadores. Essa evolução gerou debates e curiosidade sobre as motivações por trás de seus julgamentos.

O legado de Barrett na Suprema Corte continua a ser escrito, com o caso da cidadania a filhos de imigrantes nascidos nos EUA prometendo ser um ponto de virada. A forma como ela e a Corte abordarão essa questão constitucionalmente consolidada será um teste de sua independência e de seu compromisso com os princípios legais.