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O cantor Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, foi formalmente acusado de tentativa de homicídio qualificado contra o delegado Moyses Santana Gomes e o oficial Alexandre Alves Ferraz, ambos da Polícia Civil. Além de Oruam, Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, amigo do artista, também se tornou réu no processo.

A denúncia foi aceita pela juíza Tula Correa de Mello, do III Tribunal do Júri da Comarca da Capital, que em sua decisão destacou o impacto negativo do comportamento do rapper na sociedade e como seu discurso pode incitar a inversão de valores em relação às forças de segurança pública. A magistrada ressaltou que as ações dos acusados, especialmente de Oruam, repercutem de forma prejudicial, incentivando a população a questionar a legitimidade das operações policiais, como a que ocorreu durante a apreensão de um adolescente.

O incidente em questão aconteceu no dia 22 de julho, durante uma operação policial na residência de Oruam para cumprir um mandado de busca e apreensão. Na ocasião, o artista e outras sete pessoas teriam arremessado pedras contra os policiais. Oruam encontra-se preso desde o dia 22 de julho, quando foi indiciado por associação ao tráfico.

A juíza Tula Correa reforçou a importância de Oruam servir de exemplo, dada sua visibilidade como pessoa pública e artista. “Ressalte-se que o acusado Mauro, com visibilidade em razão de suas apresentações como ‘artista’, é referência para outros jovens e que, como o ora acusado, podem acreditar que a postura audaciosa de atirar pedras e objetos em policiais é a mais adequada e correta, sem quaisquer consequências”, afirmou a magistrada.

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