O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou suas previsões de crescimento econômico para a maioria dos países, em resposta ao embate comercial deflagrado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No Brasil, a expectativa de crescimento para 2025 e 2026 foi reduzida de 2,2% para 2%, representando uma perda de 0,2 ponto percentual. Apesar disso, o país se mostra relativamente menos afetado em comparação a grandes economias como China e EUA.

As novas projeções fazem parte do relatório “Perspectivas Econômicas Mundiais” de abril, que revisa as expectativas apresentadas em janeiro deste ano. O FMI agora prevê um crescimento global de 2,8% para 2025 e 3% para 2026, uma redução em relação à previsão anterior de 3,3%.

Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do FMI, comentou sobre a situação: “Estamos entrando em uma nova era, pois o sistema econômico global que operou nos últimos 80 anos está sendo reconfigurado”, referindo-se às medidas comerciais implementadas por Trump.

O relatório indica que as tarifas impostas terão um impacto “a níveis não vistos em um século”. Os Estados Unidos devem sentir os efeitos mais intensos desse cenário; as projeções de crescimento para o país em 2024 foram ajustadas para 1,8%, uma queda de 0,9 ponto percentual em relação ao que foi previsto anteriormente.

A China também enfrentou uma revisão negativa em sua perspectiva de crescimento, que caiu de 4,6% para 4% para o ano de 2025, representando uma diminuição de 0,6 ponto percentual.

Essas mudanças nas previsões refletem a crescente incerteza econômica global e os desafios impostos pelas tensões comerciais.