ESTRATÉGIA 2050 UNE O BRASIL E A BAHIA

Em boa hora, o planejamento estratégico de longo prazo assume o papel norteador do projeto de desenvolvimento do Brasil que, ao se conectar com os Estados, encontra a Bahia na mesma sintonia, já atualizando o seu PDI Bahia 2035 para 2050.

O pós-pandemia, as reformulações e avanços tecnológicos, a presença da IA, a multipolarização dos blocos econômicos e as áreas de comércio e investimentos, a consolidação e ampliação dos BRICS com novos membros emergentes e a operação do seu Banco de Desenvolvimento, além da desenvoltura no mercado internacional de players ativos como China, Rússia, Índia, Emirados, Catar, Irã etc.; disputando com as tradicionais potências da América do Norte e da Europa. Tudo isso levou a Bahia a sair dos cenários de incertezas em relação às tendências internacionais e, no plano nacional, a derrota da extrema direita e seu ultraliberalismo e a volta do Presidente Lula e seu projeto desenvolvimentista impôs a necessidade de reformular o PDI 2035 e projetá-lo para 2050.

Com o novo PAC retomando os projetos estruturantes de infraestrutura e logística, a intensidade da diversificação da matriz energética com renováveis, a volta dos investimentos em petróleo e gás, a retomada dos leilões dos linhões de energia e cabeamento de fibras ópticas, a dinamização dos investimentos em ferrovias, além de rodovias e portos com a diversificação de corredores logísticos. E ainda, a reformulação da política industrial com a NIB, e o incremento do agronegócio com biocombustíveis, grãos e proteína animal. Foram abertas novas possibilidades e oportunidades para o desenvolvimento da economia baiana.

É onde se potencializam os nossos projetos estruturantes de média e longa maturação como: FIOL entroncando com a FICO em Mara Rosa-GO na Ferrovia Norte-Sul, trazendo para o Porto Sul em Ilhéus e/ou Portos RMS a produção do agronegócio do Oeste Baiano e Centro-Oeste Brasileiro.

Revitalização da FCA, paralisada pela Vale e sua subsidiária a VLI desde a privatização por FHC, vence a concessão em 2026 com um passivo bilionário a ser reinvestido na recuperação da ferrovia.
A duplicação dos trechos baianos da BR-101, BR-116 e BR-242-Oeste.
A volta dos investimentos expressivos em petróleo e gás, e derivados nos campos, refinaria e polo industrial petroquímico.

Além de componentes eletrônicos, equipamentos condensadores e placas para os parques eólicos e solares fotovoltaicos. Os investimentos nas cadeias produtivas da agricultura familiar e suas agroindústrias alimentares em franca expansão e qualificação técnica e tecnológica.

É só uma demonstração do potencial enorme de desenvolvimento da Bahia e da formação profissional e técnica de sua imensa rede de universidades, escolas técnicas, CETEPs e EFAs. Sendo o PDI Bahia 2050 articulado à Estratégia Brasil 2050, uma enorme janela de oportunidades que se escancara para a Bahia realizar hoje projetando o amanhã.

Jonas Paulo
Sec. Exec. do CODES