Bolsonaro Convoca Manifestações em Defesa de Anistia e Usando o Batom como Símbolo de Protesto Redação 28 de março de 2025 Destaque, Notícias, Política, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a mobilizar seus seguidores nas redes sociais, convocando a população para uma manifestação programada para o próximo dia 6 de abril na Avenida Paulista, em São Paulo. O evento tem como principal bandeira a defesa da aprovação do projeto de anistia para os presos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.Desta vez, Bolsonaro e seus filhos estão destacando o caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que vandalizou a estátua da Justiça em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) com a frase “Perdeu, mané”, escrita com batom. Ela pode enfrentar uma pena de até 14 anos de prisão pela Primeira Turma do STF. “Por Débora, pelos inocentes do 8 de janeiro, pela anistia humanitária, compareça”, convocou Bolsonaro em suas postagens.O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também envolvido na mobilização, pediu especialmente às suas seguidoras que levem um batom ao protesto. “Levem a arma que ameaçou a democracia: um batom”, exclamou Flávio.A nova estratégia da direita se concentra no batom como símbolo da luta pela anistia dos presos do 8 de janeiro e serve para criticar o ministro Alexandre de Moraes e os membros da Primeira Turma do STF, que impuseram penas consideradas excessivas. O criminalista Sergei Cobra Arbex comentou que o caso da cabeleireira se tornou um estereótipo que representa uma percepção geral de injustiça no julgamento dos crimes ocorridos em Brasília.Luísa Ferreira, advogada e professora de Direito da FGV, também compartilhou uma opinião semelhante: “Esse caso provocou mais emoção por toda semiótica que envolve. Uma mulher jovem. Muita gente consegue se identificar. E tem o batom no lugar da arma”.A ideia do uso do batom como símbolo foi abraçada pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que criticou o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete denunciados pela tentativa de golpe de Estado. Em discurso na Câmara, ele ironizou o voto do ministro Alexandre de Moraes ao condenar Débora Rodrigues, segurando um batom e afirmando que ela estava com “uma grande arma, um batonzinho”.“É claro que nas imagens não tinha batom, nem bíblia. A pessoa que está sendo condenada a 14 anos nem aqui [na Câmara] entrou, mas estava com uma… [Nikolas mostrou um batom] toma cuidado comigo aqui, hein, estava com uma grande arma, um batonzinho. Imagina se os ministros andassem pelas federais do Brasil. É pichação para tudo que é lugar. E outra, não eram vocês que defendiam que pichação é liberdade? E agora querem condenar essa pessoa a 14 anos?”, questionou Nikolas Ferreira.As manifestações prometem ser um marco na mobilização política atual e refletem as tensões contínuas no cenário político brasileiro.