O banco Daycoval, que concedeu um empréstimo ao Esporte Clube Vitória em 2020, está cobrando o clube por descumprimento de um acordo firmado no início de 2024, exigindo o pagamento de uma dívida total de R$ 13,3 milhões. Em decisão proferida no dia 4 de dezembro pela 3ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o Vitória tem um prazo de 15 dias úteis para se manifestar sobre a situação. Esse prazo leva em conta o recesso judiciário, durante o qual, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), “os prazos processuais estarão suspensos de 20 de dezembro de 2024 a 31 de janeiro de 2025”, exceto para processos penais.

Caso o clube não apresente defesa ou não efetue o pagamento da dívida, a Justiça poderá dar prosseguimento à execução da penhora das cotas de TV da Globo que estão previstas para serem repassadas ao Vitória. Além disso, os imóveis do Barradão e da Chácara Vidigal Guimarães, local utilizado para concentração do time, também estão sob risco de serem incluídos no processo.

Na petição enviada ao TJSP, o banco solicita a expedição de ordem para avaliação dos imóveis relacionados à matrícula nº 77547 (Barradão) e matrícula nº 11.043 (Concentração), ambos registrados no 2º Registro de Imóveis de Salvador, visando sua posterior alienação judicial conforme previsto na Cláusula 15 do acordo.

A reportagem tentou entrar em contato com o setor jurídico do Vitória, mas até o momento não obteve resposta. A matéria será atualizada assim que houver retorno.

Foto: Reprodução/TJSP