Justiça Solta Suspeitos de Ataque a Delator do PCC no Aeroporto de Guarulhos Redação 8 de dezembro de 2024 Destaque, Notícias, Polícia, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS A Justiça de São Paulo decidiu soltar dois homens suspeitos de terem participado do ataque a Antônio Vinicius Gritzbach, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), ocorrido no aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro. A defesa dos acusados, Marcos Henrique Soares, 22, e seu tio Allan Pereira Soares, 44, alega que policiais da Rota (tropa de elite da PM) plantaram munições para incriminá-los.Durante a audiência de custódia realizada no sábado (7), a juíza Juliana Pitteli da Guia considerou a prisão em flagrante ilegal e determinou a liberação da dupla. Os dois foram detidos na sexta-feira (6) por policiais da Rota, que afirmaram ter encontrado munições de fuzil em um carro e uma moto.O advogado Eduardo Kuntz afirmou que as munições foram plantadas pelos policiais. “Estou afirmando que isso aconteceu. Infelizmente, são os fatos”, declarou.O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) comemorou a prisão em uma postagem nas redes sociais, mas não se manifestou sobre as acusações feitas pela defesa ou sobre a decisão da Justiça.A prisão ocorreu na rua Romualdo de Souza Brito, na Vila Curuçá, onde câmeras de segurança registraram a ação dos policiais. Nas imagens, é possível ver os agentes mexendo em um veículo estacionado antes da abordagem. Allan se apresentou como proprietário do carro, que estava com problemas mecânicos.Os policiais alegaram que encontraram munições dentro do carro e questionaram Allan sobre Marcos, que chegou ao local pouco depois. Apesar de não revistarem a moto, os policiais prenderam ambos pelo porte das munições, associadas ao crime no aeroporto.Na sede do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), os policiais alegaram ter encontrado mais munições sob o banco da moto durante o trajeto. Contudo, a juíza destacou que não havia evidências ligando os suspeitos ao ataque e criticou a legalidade das buscas realizadas sem autorização ou mandado.A Polícia Civil investiga também Matheus Soares Brito, irmão de Marcos, que é suspeito de ajudar na fuga de Kauê do Amaral Coelho, identificado como olheiro no ataque. Matheus foi preso na madrugada deste sábado e deve passar por audiência de custódia neste domingo (8).Marcos é bacharel em direito e aguarda a segunda fase do exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), sendo o primeiro da família a completar o ensino superior. A Secretaria da Segurança Pública informou que as investigações continuam sob sigilo e estão sendo acompanhadas pelas corregedorias das instituições envolvidas.