O Legislativo da Ucrânia aprovou uma lei na quarta-feira (8) para que criminosos que já foram condenados pela Justiça sejam recrutados para lutar contra a Rússia na guerra e, em troca, recebam liberdade condicional. A lei ainda não está em vigor; o texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Volodymyr Zelensky.

O país está com dificuldade de repor soldados na guerra —as tropas russas são mais numerosas. Para os analistas, esse é um dos principais problemas da Ucrânia no confronto. A Rússia anunciou que vai fazer exercícios militares com armas nucleares táticas no sul do seu território.

A guerra da Ucrânia começou em fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu território ucraniano. O presidente do país, Volodymyr Zelensky, afirmou que a situação atual é muito difícil.


O número de homens presos que se enquadram no perfil de um soldado é de 20 mil, de acordo com o deputado David Arakhamia. Segundo a agência de notícias Reuters, a nova lei permitirá que o exército ganhe alguns milhares de novos combatentes.


A nova lei não é para todos os criminosos: os homens condenados por crimes graves não são elegíveis a se alistar em troca de liberdade condicional, segundo o deputado Oleksiy Honcharenko.


Por exemplo, homens condenados por homicídio premeditado, violência sexual, estupro, crimes contra a segurança nacional e atos graves de corrupção não podem se candidatar ao alistamento.


‘Situação muito difícil’ na guerra
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quinta-feira (9) que o exército do país enfrenta “uma situação realmente muito difícil”, principalmente na região leste, onde as tropas precisam conter o avanço das forças russas.


A Rússia tem explorado alguns problemas dos ucranianos, como a falta de munição e de soldados. Os russos têm atacado mais no norte e no leste, e têm tido vantagens no campo de batalha, segundo Zelensky.


Os ucranianos aguardam a chegada de um pacote de ajuda militar dos EUA que foi aprovado pelo Congresso dos EUA no fim de abril.