Nos 474 anos de Salvador, nada melhor do que conhecer um pouco mais sobre a História de um dos locais mais conheidos da capital baiana:O Farol da Barra faz parte do Forte Santo Antônio da Barra.

Muito mais do que uma parada obrigatória para selfies, esta fortificação abriga o Museu Náutico da Bahia, que conta com um acervo histórico formado por objetos de diversas épocas, alguns deles submersos por até 300 anos, e que ajudam a compreender a relação do homem com o mar e da Bahia com o Farol.

Segundo o portal da Marinha do Brasil, foi erguido em 1536, sendo a primeira fortificação do País, e é um dos principais pontos turísticos de Salvador. A torre atual, com seus 22 metros de altura, foi instalada em 2 de dezembro de 1839, homenagem ao nascimento de D. Pedro II. Esse importante auxílio à navegação emite feixes luminosos nas cores branco e vermelho podendo ser avistados a 70,3 quilômetros (38 milhas náuticas) de distância.

No século XVII, o porto de Salvador era um dos mais movimentados e importantes do continente, e era preciso auxiliar as embarcações que chegavam à Baía de Todos-os-Santos traficando escravos negros ou em busca de pau-brasil e outras madeiras-de-lei, açúcar, algodão, tabaco e outros itens para abastecer o mercado consumidor europeu.

No fim desse século, após o trágico naufrágio do Galeão Santíssimo Sacramento, capitania da frota da Companhia Geral do Comércio do Brasil, num banco de areia frente à foz do rio Vermelho, a 5 de maio de 1668, o Forte de Santo Antônio da Barra foi reedificado a partir de 1696, durante o Governo Geral de João de Lencastre (1694-1702), vindo a receber um farol — um torreão quadrangular encimado por uma lanterna de bronze envidraçada, alimentada a óleo de baleia —, o segundo existente no Brasil e em todo o Continente (1698), antecedido somente pelo farol do antigo Palácio de Friburgo (1642) no Recife.[5] Passou então a ser chamado de Vigia da Barra ou de Farol da Barra.