O Ministério da Saúde determinou, em nota técnica publicada nesta quarta-feira (15), que a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos contra a Covid-19 só deverá ser feita naqueles que tiverem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.

A determinação vai na contramão de uma decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em junho, que autorizava o uso da vacina da Pfizer para adolescentes a partir dos 12 anos.

O que diz a OMS?

Na nota que alterou a imunização de adolescentes, o Ministério da Saúde afirmou que “a Organização Mundial de Saúde não recomenda a imunização de criança e adolescente, com ou sem comorbidades”.

A OMS não recomenda a vacinação, mas também não contraindica. Em uma página atualizada no dia 14 de julho, a organização diz o seguinte:

Crianças e adolescentes tendem a ter doença mais branda em comparação com adultos, portanto, a menos que façam parte de um grupo com maior risco de Covid-19 grave, é menos urgente vaciná-los do que pessoas mais velhas, com condições crônicas de saúde e profissionais de saúde.

Mais evidências são necessárias sobre o uso das diferentes vacinas de Covid-19 em crianças para poder fazer recomendações gerais sobre a vacinação contra a Covid-19.

O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas da OMS (SAGE, na sigla em inglês) concluiu que a vacina Pfizer/BionTech é adequada para uso em pessoas com 12 anos ou mais.

Crianças com idade entre 12 e 15 anos que estão em alto risco podem receber esta vacina juntamente com outros grupos prioritários para vacinação.

A entidade acrescenta que os ensaios de vacinas para crianças estão em andamento e que atualizará suas recomendações quando as evidências ou a situação epidemiológica justificarem uma mudança na política.

2) O que dizem as pesquisas científicas sobre vacinar adolescentes?

Um dos problemas apontados pelo Ministério da Saúde na vacinação de adolescentes foi a ocorrência, ainda que rara, de miocardite – uma inflamação no músculo do coração – em algumas pessoas depois da imunização.

A pasta também apontou que “os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos”.

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