O plenário do Senado deve entrar em obras a partir da próxima semana e pode ficar fechado por um mês durante período que, em tese, os senadores estarão em atividade. Orçada em R$ 1,5 milhão, a troca de todo o sistema de áudio do plenário foi agendada para começar na segunda-feira (13) e tem prazo contratual de 30 dias para conclusão.

A mudança sinaliza o resfriamento das atividades do Legislativo em período eleitoral. Neste ano, dois terços das vagas do Senado serão renovados. Há ainda senadores que vão disputar outros cargos.

Ciente de que o segundo semestre será comprometido pelas campanhas, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que também vai tentar reeleição, já informou que pretende condensar os trabalhos da Casa em algumas semanas de esforço concentrado para votação de projetos.

Ainda assim, a obra pode atrapalhar os planos. Parte da direção da Casa considera que a intervenção no plenário não é conveniente neste momento. No geral, reformas no Congresso são feitas durante o período de recesso parlamentar.

Entre as propostas que estão em análise no Senado e são tratadas como prioridade pelo governo, estão a que viabiliza a venda de distribuidoras da Eletrobras e a que regulamenta a desistência da compra de imóveis na planta, além de uma série de Medidas Provisórias.

O contrato para a realização da obra foi assinado em junho. O serviço de modernização do sistema de áudio do plenário inclui fornecimento dos equipamentos, instalação, treinamento, suporte técnico e manutenção. Uma das cláusulas do contrato ressalta a “necessidade de conciliar a execução da instalação com as atividades legislativas”.

Questionado sobre a obra, o Senado informou que a disponibilidade do plenário vai variar de acordo com o cumprimento das etapas previstas no cronograma.

Na Mesa Diretora, está em análise a possibilidade de que um espaço da Casa seja improvisado caso haja necessidade de fazer votações durante a obra. Um dos auditórios do prédio foi adaptado e poderá ser usado.

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