Um evento da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) reuniu representantes da equipe econômica de seis candidatos à Presidência da República, nesta quarta-feira (8), em um hotel em Brasília. Eles apresentaram as propostas das chapas para a economia.

Participaram do debate os seguintes representantes das candidaturas:

Marco Antonio Rocha (do candidato Guilherme Boulos – PSOL),

Márcio Pochmann (do candidato Luiz Inácio Lula da Silva – PT),

Eduardo Bandeira de Melo, (da candidata Marina Silva – Rede)

Nelson Marconi, (do candidato Ciro Gomes – PDT),

José Márcio Camargo (do candidato Henrique Meireles – MDB),

Ana Paula Oliveira (Podemos, do candidato Álvaro Dias),

Marco Antonio Rocha, da equipe econômica do candidato Guilherme Boulos, do PSOL, defendeu uma proposta com três eixos: desenvolvimento produtivo, reorganização dos instrumentos de intervenção na economia (agências de fomento, bancos públicos e empresas estatais, entre outros), e uma restruturação da gestão macroeconômica.

De acordo com o G1, ele avaliou que investimentos em saneamento, mobilidade urbana e logística viária geram efeitos multiplicadores e, por isso, têm capacidade de gerar empregos.

Márcio Pochmann, da equipe econômica do candidato Luís Inácio Lula da Silva, do PT, avaliou que houve uma “mudança de ordem política” com o “golpe” de 2016, que retirou a presidente Dilma Rousseff da Presidência da República, e disse também que o “receituário liberal” desestruturou o sistema produtivo.

Ainda conforme a publicação, ele afirmou que é preciso acabar com o teto de gastos públicos, e reverter a reforma trabalhista e as regras de terceirização. Para sair da “armadilha recessiva” atual, ele disse também que é necessário uma nova constituinte, além de reformas tributária, politica, bancária e do Estado.

Eduardo Bandeira de Melo, da equipe econômica da candidata Marina Silva, do Rede, ele disse que, por não ser o coordenador econômico da campanha, focaria apenas no papel dos bancos de desenvolvimento. Avaliou que vê essas instituições, entre elas o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vêm sendo alvo de ataques injustificados, sugerindo que esse papel deveria ser absorvido pelo setor privado.

Nelson Marconi, da equipe econômica do candidato Ciro Gomes, do PDT, afirmou que o Brasil cresce menos, desde os anos 80, por causa do processo de desindustrialização e também de erros de gestão.

Para ele, é preciso combater o déficit público. Propôs reformas fiscal, tributária (sem aumento da carga, mas com maior tributação de pessoas físicas de maior renda e menor de empresas) e da Previdência Social (de acordo com a faixa de renda das pessoas). Afirmou ser contra o teto de gastos e quer zerar o déficit primário (que não contabiliza os juros da dívida) em até dois anos.

José Márcio Camargo, da equipe econômica do candidato Henrique Meireles, do MDB, declarou que é preciso manter o teto de gastos públicos para definir prioridades na alocação do orçamento. Acrescentou, porém, que o teto só é “sustentável” se for feita a reforma da Previdência, que ele disse que seu partido quer aprovar nos três primeiros meses de governo.

Ana Paula Oliveira, da equipe econômica do candidato Álvaro Dias, do Podemos, afirmou que o objetivo é que o Brasil cresça, ao menos, 5% ao ano e que gere, nos quatro anos de governo, dez milhões de empregos. Para isso, afirmou que é preciso atacar o problema do déficit das contas públicas.

A forma de atacar esse problema, segundo Ana Paula, é implementar uma simplificação tributária (com IVA aglutinando seis grandes tributos), implementar um “orçamento zero”, ou seja, revendo todos os gastos públicos já em 2019, e levar adiante uma reforma da Previdência Social (com a criação de um fundo com contas individualizadas e capitalizadas pelo governo).

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