Após vazamento de conversas entre funcionários do Departamento de Iluminação Pública (Ilume) da prefeitura de São Paulo que indicam possível pagamento de propina ao consórcio FM Rodrigues, o Ministério Público (MP) recomendou a suspensão do contrato da parceria público-privada (PPP) da iluminação pública da cidade.

O órgão pede ainda, que a Controladoria Geral do Município ou a Corregedoria verifiquem os atos de improbidade administrativa por agentes públicos e o favorecimento criminoso ao consórcio FM Rodrigues, que venceu o contrato no valor de R$ 7 bilhões.

Nos áudios, a diretora do Ilume, Denise Abreu, manifestou preferência pela FM Rodrigues, que nega as acusações. Um áudio vazado posteriormente atesta o suposto interesse.

A companhia, entretanto, foi preterida pelo Consórcio Walks, formado pelas empresas WTorre, Quaatro (Alumini) e KS Brasil Led Holdings, que fez a menor oferta da disputa: R$ 23,3 milhões por mês — 22,5% inferior à da FM.

A FM Rodrigues participa do processo licitatório da iluminação pública de Salvador. Oito empresas manifestaram interesse no serviço, cujo montante chega a R$ 1,5 bilhão, conforme informações obtidas nos bastidores.
Se vencer, a FM Rodrigues assumirá a administração da iluminação pública da capital baiana pelos próximos 20 anos.

O objetivo é substituir os mais de 171.508 pontos de iluminação da cidade por tecnologia LED, modelo mais econômico.

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