Vereadora cobra da prefeitura planilha de custos do aumento da tarifa de ônibus

Após o anúncio que haverá reajuste na tarifa de ônibus, a bancada de oposição na Câmara de Salvador criticou o aumento e cobrou transparência da prefeitura. O valor ainda não foi divulgado, mas a nova tarifa já passa a valer a partir de janeiro de 2018. O prefeito ACM Neto afirmou que não passa de R$4,00. Nesta sexta-feira (22) a vereadora Marta Rodrigues (PT) cobrou da Secretaria de Mobilidade de Salvador, por meio de ofício a planilha de custos do aumento da tarifa de ônibus.

Ainda conforme a vereadora, a LOM determina que a prefeitura submeta ao Conselho Municipal de Transporte a mesma planilha. “Uma cidade que é a quarta capital do país e o sistema de transporte oferece um enorme desconforto ao povo, é vergonhoso. O prefeito promete e não cumpre desde que foi eleito”, declarou, lembrando ainda que a passagem de Salvador é uma das mais caras do país. “Neto retira diversas linhas da cidade, aumenta a passagem e não oferece qualidade. Graças a Rui a população teve uma oportunidade de transporte decente com o metrô”.

Conselho – O artigo 250 da Lei Orgânica do Município diz que cabe ao Conselho fiscalizar e deliberar sobre a política de transporte. “ Solicitei a ata dessa reunião com o Conselho que pautou o aumento. A prefeitura não pode passar por cima das leis como vem ocorrendo para atender os interesses dela, sem prestar contas à população e sem nenhuma contrapartida”, frisou.

Segundo a edil, a prefeitura desobedeceu a Lei Orgânica do Município em seu artigo 244. Ela critica, ainda, a metodologia do contrato entre o Executivo e as empresas, que “encarece a tarifa sem debate com a sociedade e sem melhora na qualidade do serviço”.

“O artigo diz que fica o Poder Executivo obrigado a encaminhar à Câmara de Vereadores, a planilha antes de decretar qualquer aumento de tarifa. A prefeitura mais uma vez passa por cima das leis para decretar aumentos, sem nenhuma discussão ou prestação de contas. Enquanto isso os ônibus caem aos pedaços, são quentes e sujos e cada vez mais se corta número de linhas. Um total desrespeito com a população”, diz.