Na semana em que a denúncia contra o presidente Michel Temer começa a ser analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, e um dia após o Senado aprovar a reforma trabalhista, a condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro movimentou ainda mais o cenário político e econômico do país, que vive uma de suas maiores crises.

Como se não bastasse, o Tribunal Regional Federal de Brasília decidiu conceder prisão domiciliar ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, que estava detido no Complexo Penitenciário da Papuda.

Geddel é acusado de pressionar a mulher do doleiro Lucio Funaro a não fazer delação premiada. Já Temer é alvo do Ministério Público Federal por corrupção passiva, o mesmo crime impultado a Lula, que também responde por lavagem de dinheiro.

O benefício concedido a Geddel, aliado à condenação de Lula, animou a base do governo no que se refere à denúncia contra Temer. Agora, eles acreditam que o processo poderá ser arquivado. No entanto, seguiram com a “dança das cadeiras”, trocando alguns membros do colegiado, na tentativa de garantir o maior número possível de votos pró-presidente.

Outra tática usada é a punição dos partidários que contrariarem a decisão da legenda. PMDB, PSD, PP e PR fecharam com o governo e prometem dar 22 votos a Temer.

A análise da denúncia tem continuidade nesta quinta (13), a partir das 9h, depois de quase 14 horas de discussão e de mais de 60 discursos de parlamentares, em sessão que se estendeu até a madrugada de hoje.

Enquanto isso, o texto da reforma trabalhista já está no Palácio do Planalto para a sanção presidencial, o que pode ocorrer nesta quinta-feira (13), embora o presidente Michel Temer tenha até o dia 31 de julho para assinar o projeto de lei aprovado. Em entrevista nessa quarta (12), o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou que o presidente deve dar a “canetada” final sobre a reforma ainda hoje (13).

Além de todos esses acontecimentos, também vale lembrar do retorno de Aécio ao Senado, na semana passada, após mais de um mês afastado por decisão do Supremo Tribunal Federal, depois de ele ter sido delatado pela JBS e de ser suspeito de receber propina no valor de R$ 2 milhões. A decisão do ministro Marco Aurélio Mello dividiu opiniões, em Brasília e nas ruas.

DEIXE UMA MENSAGEM