O promotor e ex-secretário de Justiça Almiro Sena, acusado de assédio sexual, foi preso preventivamente, na noite de quarta-feira (12), após determinação do Tribunal de Justiça, segundo o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA). Ele está detido no 12º Batalhão da Polícia Militar de Camaçari.

Almiro Sena pediu exoneração do cargo de secretário de Justiça em janeiro de 2014, após as denúncias feitas por servidoras da pasta. Ele foi denunciado por crimes cometidos enquanto ocupava o cargo, no período de janeiro de 2011 a junho de 2014.

A prisão preventiva foi decretada após pedido do MP-BA. O mandado de prisão foi cumprido após audiência na 10ᵃ Vara Criminal de Salvador, em Sussuarana.

Na noite de quarta-feira , a defesa de Almiro havia informado ao G1 que ele não havia sido preso. Nesta quinta-feira (14), o advogado dele, Gamil Föppel, disse que não falaria sobre o caso.

Segundo o MP-BA, durante a audiência na quarta-feira, foram ouvidas testemunhas de defesa do processo criminal contra o promotor. Ele foi conduzido pelo Serviço de Polícia Interestadual (Polinter), sem resistência.

Desde novembro de 2014, Almiro Sena está afastado do cargo de promotor de Justiça. Ele continua em disponibilidade cautelar até a sentença judicial transitada em julgado, de acordo com previsão do art.128, parágrafo 5º, da Constituição Federal.

Prisão preventiva

O mandado de prisão foi decretado na segunda-feira (10) e publicado no Diário de Justiça Eletrônico da quarta-feira (12). A decisão foi do desembargador Mario Alberto Simões Hirs. De acordo com a sentença que determinou a prisão preventiva, oficiais de Justiça tentaram localizar o promotor, mas não conseguiram encontrá-lo no apartamento dele. Os oficiais encontraram uma placa escrito “Aluga-se” e entraram em contato com vizinhos, que afirmaram que não viam Almiro há muito tempo.

Por meio de nota, o advogado Gamil Föppel explicou que ao longo do processo, Almiro Sena sempre demonstrou postura colaborativa, inclusive compareceu espontaneamente ao cartório para recebimento de intimações. Informou ainda que nenhum ato processual deixou de ser realizado referente ao promotor.

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