O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou na Indonésia nesta quarta-feira (22) para participar da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Durante a viagem oficial de quatro dias, há expectativa de um encontro bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, programado para domingo (26).

O Itamaraty está trabalhando na confirmação da reunião entre os dois líderes, apesar das agendas intensas. Este encontro representa uma oportunidade estratégica para o Brasil discutir questões comerciais sensíveis, como a tarifa de 40% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros.

A pauta da conversa com Trump também deve incluir a situação política na Venezuela, em vista das recentes sanções e ações norte-americanas contra o país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou otimismo quanto aos resultados do encontro, sinalizando a possibilidade de reversão das tarifas aplicadas às exportações brasileiras.

Na cúpula da Asean, o Brasil participará como “parceiro de diálogo setorial”, o que limita sua presença ao formato de reuniões paralelas. A associação reúne dez nações: Brunei, Camboja, Laos, Indonésia, Malásia, Tailândia, Mianmar, Filipinas, Singapura e Vietnã, com o Timor-Leste se juntando ao grupo ainda este ano.

A agenda oficial de Lula começa amanhã (23), com um encontro com o presidente indonésio para fortalecer a cooperação bilateral em áreas como comércio, agricultura, segurança alimentar, bioenergia, desenvolvimento sustentável e defesa.

Na sexta-feira (24), o presidente brasileiro estará na Malásia, onde ocorrerá a cúpula da Asean, com a assinatura de diversos acordos bilaterais e reuniões com outros chefes de Estado da região.

A comitiva brasileira que acompanha Lula é composta por ministros de alto escalão: Mauro Vieira (Relações Exteriores), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

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